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Inception: muito por nada

Fui assistir Inception com a melhor expectativa possível e quase tudo a favor do filme: desde que vi o trailer nos cinemas ano passado criei uma boa imagem do projeto. Minhas restrições com Christopher Nolan eram razoáveis (gostei de The Dark Night, por exemplo, apesar de cair fortemente na revisão), considero Di Caprio ótimo ator, subestimado até, que vem escolhendo bem as produções que participa. Ignorei o oba-oba irrestrito que acompanhou o lançamento, com 90% de aprovação de público e mídia. Até porque geralmente o que me interessa é justamente os 10% restantes.

Pois minha sensação após as 2 horas e meia de filme foi: é só isso? Mesmo? A “complexidade” aqui é tão rala e forçada que convence pouquíssimo. As cenas de ação são óbvias e no automático demais. Tudo parece um cozido mal feito de outras ideias e outras concepções infinitamente melhor exploradas antes. Marion Cotillard desperdiçada num histrionismo irritante. Di Caprio perdido e sobrecarregado, com o peso de ancorar boa parte do drama, da liderança e responsabilidade do filme. E o eixo reinante do casal, fundamental para o roteiro, prejudica sobremaneira a película. Algo que poderia ter sido tratado de forma muito mais eficaz e menos cacete.

Nolan cai em todos seus vícios costumeiros. Os rodeios desnecessários. As “dicas” soltas dignas de um seriado chinfrim e pretensioso. Um bom elenco mal dirigido e um roteiro sofrível, que serve apenas para ele dar vazão às suas pulsões e megalomanias. Assim como “Memento” (Amnésia), filme incompreensivelmente superestimado e badalado, Inception estraga um argumento interessante por falhar em tudo de fundamental que poderia render.

Não empolga em momento algum, nem pela trama, nem pela ação. Uma grande bobagem, apenas. Nolan parece se esquecer que é preciso mais que ganchos primários e toneladas de dólares pra se fazer um filme decente. É exigir demais.

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Um comentário sobre “Inception: muito por nada

  1. Adriana disse:

    Eu gostei muito do filme, talvez aquele que ache que as idéias são ralas, e a trama previsível, provavelmente é uma pessoa que quando dorme não sonha, eu achei o filme muito bem feito justamente por ser extamente como sonho, ainda de pessoas que todas as noites sonham, como por exemplo eu, teve dois, três sonhos em uma noite de sono, e durmo apenas 4 a 6 horas por noites, o cara colocou tudo que se sente, todas as sensações e até mesmo a projeção de alguém que já morreu, e que a gente sonho como se ela estivesse ali, e a sensação de dor, a diferença de tempo. achei bem amarrado a idéia, e refernete ao personagem do Di Caprio é exatamente o que acontece quando nosso subconciente sabe que a gente é culpado de algo, e na a realidade diz ao contrário, a cobrança vem em sonho, nos cobramos em sonho. Bem acho que quem não entendeu ou não gostou do roteiro é alguém que nada entende de sonho por não sonhar e não lembrar ao acordar.

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