Fale Com Ela – Pedro Almodóvar – 2002 – *****
Genial encadeamento dramático com suas metáforas sobre a falta de comunicação – um fetiche do cinema reflexivo. Almodóvar o faz com seu talento costumeiro.
Fale Com Ela – Pedro Almodóvar – 2002 – *****
Genial encadeamento dramático com suas metáforas sobre a falta de comunicação – um fetiche do cinema reflexivo. Almodóvar o faz com seu talento costumeiro.
O Mundo de Andy – Milos Forman – ***** – 1999
Sempre gostei de Jim Carrey em papéis dramáticos: “The Truman Show”, “Cine Majestic” e este O Mundo de Andy. E é difícil imaginar outro ator neste papel que senão ele. Esta biografia de Andy Kaufmann, o controverso, polêmico e brilhante humorista estadunidense, capta a a essência e os pormenores da vida e carreira de Andy, brilhante, e por isto mesmo controvertido.
Cidade Dos Sonhos – David Lynch – 2001 – ****
O “suspense dos sonhos” do diretor. Eventos “sobrenaturais”, sensações oníricas, conturbada estória de amor, mundo do cinema, do crime, dos fetiches, das aparências, do espetáculo. O estranho e inesperado. É como Lynch, a seu modo peculiar, constrói seu roteiro, com notável habilidade técnica e artística, envolvendo e conquistando o espectador. Naomi Watts, também, numa bela atuação. Interessante experiência.
Road To Perdition – Sam Mendes – 2002 – ***
Filme de máfia com um viés interessante, ao colocar uma criança no centro da narrativa, Estrada Para A Perdição, no entanto, possui um roteiro falho, cheio de buracos e sem nenhum diálogo memorável – com exceção daquele decisivo protagonizado por Sullivan e John. Paul Newman, Tom Hanks e Daniel Craig estão ótimos, mas Jude Law não possui sequer metade da carga dramática exigida por um filme como este.
Cortar as cenas com Al Capone também não me pareceu uma boa decisão. E o tom demasiado familiar atrapalha. Mas a película consegue, ainda, em alguns momentos, colocar-se acima da média. Talvez o pior trabalho de Sam Mendes, mas uma obra de gênero razoavelmente bem acabada.
Wild At Heart – David Lynch – 1990 – ****
Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1990, “Coração Selvagem” é uma love story totalmente anti-convencional, ácida e de humor negro (ao contrário do anteriormente citado “Before Sunrise”), que só poderia ter saído da mente de David Lynch. Encontrando os típicos personagens bizarros de Lynch durante a jornada, Sailor e Lula “gone wild” tentando se manter vivos na brincadeira. Contém inúmeras referências diretas a “O Mágico de Oz”. Curiosamente, um dos melhores filmes “românticos” já feitos. Brilliant.
Before Sunrise – Richard Linklater – 1995 – ****
De fato, um filme inteligente sobre o amor, merecendo o status que conquistou ao longo do tempo – adorado e recomendado por quase todos que o assistem. Romântico, com cérebro, e sem restrições para diabéticos.
Abaixo a transcrição do poema da “versão de vagabundo vienense”…rs
Daydream, delusion, limousine, eyelash
Oh baby with your pretty face
Drop a tear in my wineglass
Look at those big eyes
See what you mean to me
Sweet-cakes and milkshakes
I’m delusion angel
I’m fantasy parade
I want you to know what I think
Don’t want you to guess anymore
You have no idea where I came from
::We have no idea where we’re going
Latched in life
Like branches in a river
Flowing downstream
Caught in the current
I’ll carry you
You’ll carry me
That’s how it could be
Don’t you know me?
Don’t you know me by now?
Sideways – Alexander Payne – 2004 – ****
Surpresa do Oscar 2005, com 5 indicações (melhor filme, melhor ator e atriz coadjuvante, melhor diretor e melhor roteiro adaptado, ao qual venceu), Sideways é realmente uma obra admirável, gostosa, um semi-road movie divertido, com boas atuações e muito agradável de se assistir. A estorinha de ciladas, seduções, amizade, amor, descoberta pessoal está entremeada dentro do universo do vinho, o que o torna ainda mais interessante. E, neste ponto, diga-se, é não só uma abordagem como um filme infinitamente superior à aquela coisa medonha que Ridley Scott fez com Russel Crowe, intitulada “Um Bom Ano”.
Cômico, com um pequeno tom dramático, e equilibrado. Os significados que título carrega, dentro da proposta, já diz muito sobre ele. Precisamos de mais filmes com este espírito. Difícil de se achar. =]