Capa da revista Onion Weekender de 21 de maio de 2006, este post é uma homenagem à obra de David Foster Wallace, um dos maiores escritores estadunidenses dos últimos tempos. Foster cometeu suicídio há pouco mais de um mês. Que isto não cause estranheza: as relações do suicídio com a literatura e a arte são intensas desde sempre. Os Estados Unidos, por exemplo, têm tradição em grandes escritores suicidas: Ernest Hemingway, Sylvia Plath, Hunter Thompson…
DFW se foi precocemente, deixando uma obra pequena porém vasta. O suficiente para gerar anos e anos de estudos e se firmar na história. A capa da revista não foi escolhida a toa. Nela, Foster diz: “Eu nunca aprendi a ler”.
Isto é o principal. Um escritor da sua magnitude admitir algo assim apenas revela o que sempre disse: saber ler é muito diferente de ser alfabetizado. E as pessoas, 95% delas, acham que sabem ler. Não sabem. É algo infinitamente mais delicado e complexo do que parece. Conheço poucos que conseguem. Eu mesmo passarei toda a minha vida tentando aprender.
Recomendados:
David Foster Wallace e Infinite West (ótimo ensaio sobre o autor e sua principal obra).
Nota de suicídio de Hunter S. Thompson (pai do jornalismo gonzo).
Dicionário de Suicidas Ilustres – excelente artigo sobre o tema
Porque um escritor se suicida? – matéria especial do jornal El País
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Qui in vatitalia di suicidio è quasi vietato parlare, visto che hanno persino tentato di bloccare quel
nuovo film a cartoni che ne parla,la bottega dei suicidi (se non
sbaglio). Ormai non vedo che futuro per questa nazione, che siano imprenditori, malati, studenti non importa, quando un cittadino arriva a suicidarsi vuol dire che noi abbiamo fallito.
Forse è per questo che nessuno vuole discutere?
Inutile ormai dare la colpa alla chiesa, è il momento di dire che è
solo colpa nostra.