Foto: Gazeta Press/IG Esporte
A discussão é antiga. Tanto quanto a época dos títulos a que se referem. Mas a verdade é que há anos diversos clubes lutam para que torneios e competições disputadas antes de 1971 (quando foi instituído o “campeonato brasileiro”), sejam reconhecidas como títulos legítimos de campeões do país. Os argumentos contra vão desde o número de jogos disputados (chegando ao absurdo de apenas 4 em alguns casos), os adversários e as fórmulas de disputa (mata-mata), etc.
No entanto, acho válido. É justo reconhecer estes títulos como de campeões brasileiros, pois era a forma como estes campeonatos eram tratados na época, pela imprensa, público, os clubes, enfim. Desta forma, Palmeiras e Santos seriam 8 vezes campeões brasileiros. E o Santos o primeiro pentacampeão seguido, de 1961 a 1965. E Bahia, Cruzeiro, Botafogo e Fluminense seriam bicampeões.
Veja a lista:
Taça Brasil
1959 – Bahia
1960 – Palmeiras
1961 – Santos
1962 – Santos
1963 – Santos
1964 – Santos
1965 – Santos
1966 – Cruzeiro
1967 – Palmeiras
1968 – Botafogo
Torneio Roberto Gomes Pedrosa
1967 – Palmeiras
1968 – Santos
1969 – Palmeiras
1970 – Fluminense
Acho importante que num país onde história é considerada um “luxo” muitas vezes esquecido, que os títulos sejam reconhecidos. Não vale o argumento de que, por terem nomes diferentes, estes torneios não eram “campeonatos nacionais”. O próprio campeonato brasileiro já foi chamado de Copa União e Copa João Havelange, em 87 e 2000, em situações e regulamentos peculiares que causam polêmica até hoje.
Você pode ver o dossiê completo aqui. Contudo, ainda que muitas questões sejam altamente discutíveis, caberia somente a imprensa considerar os campeonatos, com seus respectivos nomes, no histórico dos clubes. Independente do que aconteça ou do que a CBF considera ou não, a validade das conquistas é inegável.
Fontes: Justiça Desportiva e IG Esporte.
Justíssimo. Não reconhecer esses títulos é abdicar do passado mais glorioso que um país já teve no futebol. Espero que a CBF não demonstre tanta incompetência e insensibilidade. Unificajá.