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Duas tragédias, duas medidas

Perguntar não ofende: cade a comoção nacional? A mobilização ferrenha de entidades do terceiro setor, das diferentes esferas governamentais e da população? Porque não vejo campanhas de doação a cada esquina?

Porque, quando a enchente atingiu Santa Catarina em 2008, o país literalmente parou para ajudar e agora, quando TODO o norte e nordeste do Brasil está literalmente debaixo d’água, muito pouco se faz? Porque quando uma enchente atinge uma extensão territorial e uma população infinitamente maior a reação é tão tímida em comparação com o que ocorreu com SC ano passado?

Seria porque o sul é uma região econômica vista com “muito mais carinho”, pra dizer o mínimo? Está mais perto do Sudeste e o Nordeste, afinal, passa por desgraças todos os anos…seria?

Não, não. Deve ser outra coisa…

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A eterna contagem regressiva para o fim do mundo

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Aquecimento global. El niño. La niña. Tsunami. Furacão Katrina. Desastres climáticos e ambientais cada vez mais frequentes em todas as partes do mundo. 11 de setembro de 2001. Guerra do Iraque. Presidente estadunidense negro e com nome muçulmano eleito. Coréia do Norte. Previsões de Nostradamus para 2012. Maior crise econômica dos últimos 80 anos em 2008. Conflitos em Israel. Irã.  Gripe aviária. Doenças contagiosas letais desconhecidas surgindo. Planos de uma moeda unificada para todos os países. A iminente volta de Jesus para os cristãos (…)

O apocalipse está aí, certo? Fato é que o “fim do mundo” fascina os seres humanos desde que passamos a existir na Terra. Parece um pensamento óbvio e natural imaginar que, se existiu um início – seja ele qual for – deve haver um fim. Nossa imaginação sempre tratou de anunciar o desastre último em diferentes épocas do tempo. No século XXI – ou por qualquer outro calendário que você siga – após a piada do “bug do milênio”, tudo parece se agravar por aquilo que nós mesmos inflingimos ao planeta. A imensa maioria dos desastres, desgraças, guerras, etc, foram criadas e alimentadas por nós, alcançando, claramente, seu ápice nos dias de hoje. E a tendência é piorar. Ou não.

A história dá mostras incríveis do quanto o ser humano é capaz de se superar e reconstruir, não importa o que aconteça. De fato, o quanto conseguimos sobreviver e renascer, sob as condições mais extremas possíveis, é surpreendente.

Quando se fala em “fim do mundo” cada religião (crença, seita, tendência, etc) tem a sua versão. Há muitas hipóteses para o apocalipse. Nenhuma muito agradável.

Já se disse várias vezes que nós enxergamos aquilo que queremos ver. Ou seja, para quem acredita piamente nesta possibilidade, os fatos demonstrados no primeiro parágrafo desse texto são provas inequívocas de que o fim está por vir.

Independente de qualquer plano além terra (e mar), outro ditado popular sabiamente diz que colhemos o que plantamos. E basta olhar ao redor para ver os frutos que o nosso “estilo de vida” tem causado no mundo. Nenhum planeta aguentaria tanto abuso.

Parece-me um consenso dizer que o ser humano é a raça mais perniciosa, degradante, estúpida e destrutiva da natureza. Para o planeta, nós devemos ser um visitante tremendamente inconveniente. Ao mesmo tempo em que criamos tantas maravilhas e desenvolvemos coisas que eram impensáveis há pouco tempo atrás. Como a nanotecnologia, que promete resolver “magicamente” muitos dos problemas que criamos, além de esticar nossa expectativa de vida. Em suma, fazer milagres. Brincadeira perigosa.

A ciência prova que a “Terra” já passou por outros desastres globais no passado e que pode se reconstruir novamente, seja lá o que aconteça. Se nós vamos estar aqui ou não, é “detalhe”.

Independente de tudo, soa óbvio que estamos cavando a própria cova. Você decide ou não se concorda com Jim Morrison. (Ou se faz alguma coisa para evitar).

It`s the end, my friend.

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