Jornalismo

Jeffrey Wigand: o homem que sabia demais

poar01_wigand9605“The Insider” recebeu grande reconhecimento em 1999. Michael Mann vinha do ótimo “Fogo Contra Fogo”, Pacino ainda embarcava em bons projetos e Russell Crowe emendava um filme atrás do outro, antes de chegar ao Oscar por “Gladiador”, um ano depois de “The Insider”. O filme foi nomeado para 7 estatuetas mas não levou nenhuma.

Mais importante que isso é a história real de Jeffrey Wigand, ex-executivo da Brown & Williamson, a terceira maior companhia de tabaco dos Estados Unidos e a coragem que teve (e o inferno pelo qual passou) pra denunciar “práticas abusivas” da empresa, perjúrio e, enfim, ajudar a implodir uma das maiores indústrias do mundo num dos principais casos jornalísticos, políticos e empresariais das últimas décadas.

O artigo no qual o roteiro se baseou, publicado em 1996 pela revista Vanity Fair, está disponível completo online e é obrigatório para todos que se interessam por jornalismo investigativo e etc. Marie Brenner constrói um retrato fiel do labirinto kafkiano que Wigand teve que passar. Leia aqui.

A seguir, uma entrevista com Jeffrey por Charlie Rose:

httpv://www.youtube.com/watch?v=hkTk4HKf9XI

httpv://www.youtube.com/watch?v=13mWPBTGRGs

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Jornalismo

Revista Mátria 2013

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Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado dia 08 de março em todo o mundo, a CNTE lança a edição 2013 da revista Mátria, que chega ao 11º ano de veiculação.

A matéria de capa aborda a situação do trabalho infantil no Brasil. Outros destaques incluem um panorama da participação feminina e do impacto que a Copa do Mundo de 2014 traz, a falta de vagas em creches de todo o país e o que pode ser feito para superar esse desafio e uma abordagem da luta política das mulheres pela situação palestina, dentro do movimento sindical e a escola como campo propício para tratar a igualdade de gênero.

Além da disponibilização online, a revista foi distribuída em milhares de escolas pelo país.

Acesse a revista completa aqui.

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Jornalismo, Tecnologia & Internet

Robert Kaiser: 20 anos de mudanças na mídia que mal foram compreendidas

Kaiser

A internet e tudo que ela trouxe ao seu redor, como campo consideravelmente novo de estudo e experiência prática, carrega na sua história uma tonelada de previsões ao longo do tempo. É curioso observar como os intelectuais, jornalistas, pensadores (etc) tentaram antecipar algumas das mudanças cruciais que estavam para acontecer. Muitas dessas previsões, claro, passavam como delírio ou erraram feito em pontos importantes. Normal.

Alguns, no entanto, acertaram bastante. Como Robert Kaiser, em 1992. Na época editor-administrativo do Washington Post, Kaiser foi convidado pela Apple a pensar sobre as transformações que poderiam acontecer e como isso impactaria toda a mídia, a forma de se fazer jornalismo, a interatividade com o usuário e como obter lucro. Kaiser apresentou seu artigo numa conferência no Japão.

O texto, disponível completo aqui, faz 20 anos este mês.

Em meio a diversas considerações, chamo atenção para duas. Kaiser pondera:

“It is widely assumed among computer people that the public will love the idea of playing editor — of organizing the information stream around personal needs and preferences to create individualized “newspapers.”

Familiar, não? Incrível observar como isso se manifestou literalmente de uma infinidade de maneiras, seja nos próprios blogs, nas redes sociais, nos agregadores de RSS, em ferramentas como o Digg, o Delicious, o Paper.li e por aí afora.

Em outro trecho, Kaiser lembra algo fundamental que muitos (muitos) veículos ainda não sabem aplicar corretamente na migração do papel para o online, na maioria das vezes replicando parcamente a estrutura do jornal no site e ignorando, afinal, muito do que foi feito e implantado até hoje. Embora isso tenha mudado bastante.

“Many at the conference talked about the way we tend to use new media first to replicate the products produced by old media — so early TV consisted of visible radio shows, for example. With this in mind, our electronic Post should be thought of not as a newspaper on a screen, but (perhaps) as a computer game converted to a serious purpose. In other words, it should be a computer product.”

Numa tacada, Kaiser lembra o principal: o jornal online é um produto novo. Não é uma réplica do papel. Daí lembramos da alegada “sinergia” que a maioria das empresas de comunicação faz, colocando seu site apenas como “algo a mais”, uma cópia de luxo e cheia de penduricalhos do jornal impresso, do fato de colocarem, muitas vezes, a mesma equipe para fazer as duas coisas, o que mostra não só a penúria geral do profissional e a pobreza (também) de mentalidade dos patrões.

Mas Kaiser, talvez numa analogia mais espontânea que técnica, de certa forma antecipa o conceito de newsgames, que somente hoje tem começado a ser aplicado de maneira mais extensiva e inteligente.

E ele também pondera sobre como ter lucro nesse novo meio, nesse novo jornalismo. Afirma:

“More interesting are packages of text, photos and film that could be used to create customized news products at many different levels of sophistication. At the top end, such a product might contain the text (or spoken text) of a Post story on the big news of the day, accompanied by CNN’s live footage and/or Post photographers’pictures, plus instantly available background on the story, its principal actors, earlier stories on the same subject, etc. All of this could be read on segments of a large, bright and easy-to-read screen (screens are also being improved at a great rate). Of course the prophets also foresee a lot of advertising on this new medium, predicting that it will have great power because of its ability to give consumers exactly what they want — all the ads for used 4-wheel-drive vehicles, or all the women’s-wear stores having sales today, or all the theaters showing “Hook,” etc. And there are countless ideas for entertainment and games. One that struck my fancy would allow kids (of all ages) to put themselves into familiar movies, actually adding new characters, new dialogue, etc.”

É recomendável ler o artigo todo para uma compreensão total. Coisa que é difícil de superar até hoje: a preguiça intelectual do leitor, na internet ou fora dela.

Ainda cambaleante, a mídia tenta descobrir qual a melhor maneira de lucrar com os seus produtos online, interativos, etc. Nenhuma fórmula única de sucesso foi – ou será – descoberta. O caminho óbvio parece, antes de tudo, conteúdo original e realmente pensado para o online. Depois, estratégias híbridas de anúncios e geração de receitas, explorando as diversas potencialidades disponíveis.

Fechar o site para acesso restrito, deixando apenas um número X de textos gratuitos para o público em geral, modelo que foi adotado recentemente pelo New York Times e Folha de São Paulo, parece mais uma tentativa desesperada de conseguir receita do que propriamente algo benéfico para veículo e público. Bom jornalismo custa caro, é fato. Ao mesmo tempo, diante da quantidade absurda de boas fontes de conhecimento gratuitas na web, o público me parece pouco disposto a pagar por informação.

Exceto quando você consegue realmente oferecer um pacote único e que valha a pena para o leitor. Ainda vamos tropeçar bastante no caminho até chegar numa solução razoável.

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A Vision for the future of newspapers – 20 years ago

Why newspapers need to get to know their readers better

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Com quanto dinheiro se combate a estupidez no trânsito?

Exemplar esta matéria do Correio Braziliense sobre a redução de verba para a educação no trânsito em 2011. Exemplar porque mostra como é fácil um jornalista manipular números para vender a ideia que ele e o veículo que representa quer. Das “sutis” diferenças entre o texto apresentando na versão impressa e online, estão omitidos alguns dados. No papel o título alardeia “um trânsito ainda mais mal-educado”. E completa: “orçamento para programas de prevenção, campanhas pedagógicas e capacitação de agentes é cortado em 60% de 2010 para 2011, apesar de a frota brasileira e o número de mortes terem aumentado nos últimos anos”.

Um absurdo, não? Não. Ao mesmo tempo que mostra que a frota passou de 29,5 milhões de veículos em 2000 para 54,5 milhões em 2008, há também um quadro que revela que a verba para educação no trânsito passou de 65 milhões em 2007 para 106 milhões em 2008 e – repare – 534 milhões em 2009. Dobrou de um ano para o outro e quintuplicou entre 08 e 09, ficando em 499 mi em 2010. Com o corte no orçamento, a verba foi fixada em 197 milhões para 2011. O que representa 91 milhões a mais que em 2008, mesmo com o aumento extremo que tivemos no intervalo: algo totalmente ignorado pela reportagem. Isso que eu chamo de subestimar a inteligência do leitor.

Pra piorar, os “personagens” que criticam a “redução” de verba são o diretor da ONG Rodas da Paz, tipo sempre suspeito e uma garota que perdeu a irmã num acidente. Trágico, exceto pela história: irmã vai resgatar amigo bêbado da boate, estando igualmente bêbada e o amigo consegue bater numa árvore o que faz com que a menina, por estar sem cinto, seja arremessada para fora do veículo, morrendo de traumatismo craniano 6 dias depois. Com todo respeito que a desconhecida merece e longe de querer levar o moralismo no limite, se você dirige bêbado, tem o dom de bater numa árvore e ainda está sem cinto, desculpa, mas você não pode criticar absolutamente nada.

Com quanto dinheiro você vai evitar esse tipo de estupidez? Nem com todo o orçamento da União. As pessoas bebem, dirigem e fazem besteiras porque querem, porque assumem o risco e algumas não tem condição de dirigir sequer sóbrio, quiçá alcoolizadas. As pessoas morrem no trânsito porque são imprudentes, abusadas, não tem respeito por nada nem por si mesmo, porque acidentes também acontecem, por estupidez, descuido, azar, babaquice alheia, etc, etc, etc. É triste, mas é assim. Você pode fazer tudo que quiser, desde que arque com as consequencias disso. Simples. O governo, grosso modo, não pode ser responsabilizado por tudo. Exceto por oferecer estradas adequadas, etc e tal.

A reportagem omite que na verdade o orçamento aumentou mais que 8 vezes entre 2007 e 2009, passando agora para um patamar razoável em 2011. Educação e boas condições no trânsito são importantes, mas curar estupidez, abuso e despreparo é um pouco demais.

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Síndrome de Pasquale

A internet é território farto para acéfalos e imbecis de toda natureza. E um dos principais hábitos destes trolls é a síndrome de tentar corrigir a escrita alheia. Reservam longo tempo para a tarefa de encontrar qualquer deslize gramatical que eles possam, pretensamente, corrigir. A internet libertou os trolls dos calabouços da irrelevância. Deu voz a todos que precisam, no auge da sua insegurança mental, tentar diminuir os outros.

Aprendi muito pouco de gramática na escola ou na faculdade. Não sou dos mais obcecados com ela. E com certeza devo cometer pequenos deslizes por aí. Aprendi a escrever lendo. Lendo muito. Sempre. Se souber de uma maneira melhor, me avise. Como jornalista, talvez devesse me preocupar até um pouco mais. Qualquer erro é potencializado pela profissão. Afinal, “jornalista não pode errar”, tem que saber tudo de gramática e também ter conhecimento sobre tudo que acontece no mundo, 24 horas por dia.

Pior que correr para tentar corrigir os outros é “corrigir” errado. Uma das palavrinhas mais traiçoeiras que conheço e que sempre causou “tumulto” é o plural de “refrão”. Grafo “refrães” há alguns anos. E já que escrevo bastante sobre música, ela sempre aparece. Não raro surge algum bastião da intelectualidade para bradar a alteração do termo para “refrões”, o mais usado, largamente difundido. Infelizmente, “refrões” não existe. As únicas formas aceitas são “refrães” ou “refrãos”. Há várias fontes por aí – incluindo os dicionários – que dizem isso. E acho a primeira grafia mais bela. Só.

Li uma vez Luís Fernando Veríssimo (o rei da assinatura de textos falsos e débeis que circulam pela internet, para horror do mesmo, imagino) dizer que, em certas ocasiões, se a “sabedoria popular” afirma algo e a gramática está errada, azar da gramática. Em alguns casos, faz sentido. Raríssimos casos.

Se a internet é alimento constante e imensurável para os trolls, azar da internet. Sigamos.

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Super Notícia e os paradoxos do jornalismo

O Super Notícia nasceu como o “filhote popular” do jornal O Tempo, de Belo Horizonte, na esteira do que já acontecia em anos anteriores em outros lugares do Brasil. O início dos anos 2000 marcou a avalanche dos tais jornais populares pelo país, a deterioração – em certa medida – dos jornais mais “acessíveis” sempre presentes em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. As capitais que não tinham o seu representante foram recebendo: Notícia Agora no Espírito Santo (cria do A Gazeta) e o próprio Super em BH, que originou o “contra-ataque” do Diários Associados, lançando o “Aqui” em Belo Horizonte e Brasília.

De 2002, quando surgiu, até o estouro em 2007, quando se tornou o jornal mais vendido do Brasil, com mais de 300 mil exemplares por dia, o Super soube rapidamente estudar o mercado e chegar até o público. Em toda esquina movimentada de Belo Horizonte foi colocado um vendedor do Super. Literalmente. Nos sinais, mesma coisa. Extremamente vendido nos ônibus e coletivos em geral. O preço de apenas 0,25 centavos tornava acessível a qualquer um e garantia a agilidade no ato de “receber e entregar”. Bom lembrar que o preço que foi fundamental na sua virada: inicialmente, nos primeiros anos, custava R$ 50. Quando reduziu pela metade é que o boom aconteceu. Tanto que, naturalmente, este valor não foi aumentado até hoje.

O “fenômeno”, então, gerou estudos diversos que se perpetuam: quais as implicações mercadológicas, sociais, econômicas, jornalísticas, ideológicas, etc, que a proliferação destes periódicos representa? Como vejo, há muito menos glamour e mistério nisso tudo, ao contrário do que muitos gostariam.

A fórmula é simples e velha, levada às últimas consequencias: chamadas “impactantes” de capa, geralmente policiais, sem “meio-termo”, futebol, mulheres semi-nuas, televisão, promoções “junte x selos e ganhe y”  e um tantinho de “serviço”, o “grita geral” e coisas do gênero. Redações dedicadas a produzir material exclusivo? Repórteres na rua para cobrir as editorias? Minoria. A maioria desses jornais, quase todos, são meras reduções de matérias já feitas pelo jornal principal da casa somada a notícias “curiosas” e/ou “bizarras” que não tiveram espaço por lá e o “tratamento” específico dado. Correio Braziliense>Aqui DF. Estado de Minas>Aqui MG. O Tempo>Super Notícia. A Gazeta> Notícia Agora. Além da fórmula, claro, não ser nossa: mas importada de outros ventos, como as dezenas de jornais populares do Peru, como lembrou a colega Lanna Morais.

Ou seja, os jornais populares foram uma maneira simples que as empresas encontraram de ganhar dinheiro fácil, sem esforço. Fazer com que as redações trabalhem por 2 jornais (e ainda atualizem os sites). É a “sinergia”. Todos os profissionais da casa trabalham para todas as publicações e veículos existentes. Quanto menos jornalistas e mais conteúdo, mais “ramificações”, mais sobrecarga e mais dinheiro, melhor. Já se disse por aí que o jornalismo foi uma das poucas profissões em que o advento massivo da tecnologia não fez melhorar o seu trabalho mas, ao contrário, gerou um acúmulo de atribuições e incremento na carga horária. Sintoma que os jornais populares representam apenas uma parte da história. Assunto para ser desenvolvido melhor em outro texto.

Acho até natural que colegas se empolguem com o Super. Muitas vezes, os “populares” são vistos como uma espécie de “resposta” aos jornalões. Não são. Por mais contaminados e/ou comprometidos que cada grande jornal pode estar com quem paga sua estrutura, tendenciosos ou não e de ideologia “subliminar”, perto da fórmula dos populares os tubarões soam como reduto exemplar de inteligência. Dada a quantidade de ótimos jornalistas que, enfim, trabalham para eles. Um clichê cabe bem aqui: “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”.

Uma das principais virtudes de jornais como o Super seria conquistar leitores que não leriam nenhum jornal, em condições “normais”. Formar leitores, disseminar a leitura, chegar onde nenhum outro veículo impresso chega. Classes D e E, principalmente. Não dá para negar que isto realmente acontece. Mas não é possível, também, esquecer que este trabalho é muito mal-feito. Qual o sentido, afinal, em entregar aos seus leitores a deterioração de algo e de todos os temas que a TV já trata tão bem? A TV que, ao lado do rádio, são os únicos veículos realmente populares do Brasil. Quando digo “trata tão bem” quero sinalizar que melhor que os populares. O que já não é lá grande coisa.

Ao entregar um pastiche diário de coisas que o público já está saturado de ver e saber, o argumento de “formar leitores” e sua “importância” é no mínimo questionável. Aqui entra o preconceito central: a crença de que o povo gosta mesmo daquilo que lhe é empurrado. E só disso. O que acho um dos pensamentos históricos mais nefastos e perigosos que tenho notícia. O “interesse” do público passa necessariamente pelo custo. Por quanto quem mal tem dinheiro para pagar as contas pode desembolsar por informação e entretenimento.

“O povão só gosta de tosqueira, apelações e material de baixa qualidade”. Imagem, escândalos, impacto. Será? Me parece que quando a “alta cultura” se permite chegar até ele, a coisa muda. Que quando programas que normalmente tem um custo elevadíssimo passam a custar o mesmo que atrações “populares”, a resposta é parecida. Ficando em Belo Horizonte: os concertos de música clássica organizados no Parque Municipal, gratuito, aos domingos, estavam sempre lotados. Cheios da mesma forma que uma atração musical “popular” geralmente fica. Todo ano, a “campanha de popularização do teatro”, com ingressos a R$ 10, em média, atrai milhares e milhares de pessoas. Com o fim da campanha e os ingressos voltando ao preço normal, o teatro fica novamente restrito aos apaixonados e pessoas do meio. Se a programação de todas as emissoras abertas fosse levemente modificada, para coisas com um pouco mais de substância, o público deixaria de ver TV?

Meu ponto é simples: quando o que é bom – independente de classificações ultrapassadas e discussões débeis sobre “alta” e “baixa” cultura, o que é válido e o que não é, que simplesmente não cabem mais num mundo minimamente aceitável – chega até o público, quando isto chega até o que ele pode pagar, a resposta é sempre ótima. Será que um jornalismo com um pouco mais de caldo e reflexão, vendido a preço popular, não teria sucesso também? Jornalismo de verdade custa caro, sim. Nada que impeça alternativas comerciais e de conteúdo no meio do caminho. Falta interesse das empresas, sobra ranço, preconceito de classe e má vontade.

Não é de espantar que as elites – quem determina, publica, veicula o conteúdo jornalístico e de entretenimento – trate o “povo” com desdém e tenha a “crença” – quase uma necessidade – de que pra ser “popular” não é preciso grande coisa. Como sabemos, é realmente muito perigoso que o povo desenvolva a crítica e o pensamento. É mais inofensivo e mais confortável manter as coisas como sempre foram.

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Imitação

Ninguém gosta de ler. Algo assim. Que pára. De dois. Em dois. Segundos. Sou do tempo. Em que. Pára. Ainda. Tinha acento. Agora acho. Que não tem mais.

Jornalismo. Objetividade. As pessoas. Confundem. Informação. Com regras. E extremos. Transformam isso. Em “estilo”. É tão difícil explicar. Que há “textos”. E “textos”?

Pobre do jornalismo. Esportivo. É claro que vocês sabem. De quem. Estou falando. Não?

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