Política & Economia

Guia prático para a maioria dos clichês sobre o Bolsa Família

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André Forastieri, há muito tempo, se tornou o “agent provocateur” do R7. Apesar de outro camaradinha ter adotado a pecha de “o provocador” do site, que é melhor nem comentar. Conheço o Forasta e conhecendo a figura você entende um pouco mais da mente do cara, o problema é o sinalizador no meio de uma ilha de malucos que é o chamariz que seus textos costumam se tornar. Pois bem, nesse aí, fresquinho, sobre o bolsa família, Forasta foi certeiro. Serve de guia prático para responder a maioria das falácias que eu mesmo tenho me deparado esses anos todos. Espero economizar um bocado de conversa de bar. Abaixo um trecho e leia completo aqui.

O PT explora politicamente o Bolsa Família? Claro, é isso que governos fazem, e oposição idem. Aécio Neves até já disse que quem criou o Bolsa Família foi o PSDB (não foi, mas criaram coisas parecidas. Lula, quando o Fome Zero não decolou, reempacotou os benefícios criados pelos tucanos, engordou um tanto o bolo, e marketou magistralmente). Minha sugestão é que os governos estaduais e municipais da oposição criem seus próprios bolsa isso e bolsa aquilo. Que bom se os políticos disputarem nosso voto nos dando dinheiro, em vez de tirar…

O questionamento do Bolsa Família mais furado de todos é o moral: é justo uma pessoa receber dinheiro, sem ter trabalhado por isso? Nem merece resposta. A questão não é de justiça, é de isonomia. Os mais ricos já recebem bastante dinheiro sem trabalhar. Embolsam rendimentos de suas aplicações financeiras, aluguel de imóveis e tal. Acionistas de empresas recebem dinheiro sem trabalhar: os lucros. E herdeiros recebem dinheiro sem trabalhar, às vezes sem nunca ter trabalhado de verdade. Muitas crianças brasileiras felizardas já têm seus futuros assegurados, graças ao que construíram seus pais ou avós. Nunca precisarão pegar no batente (e mesmo assim, como sabemos, muita gente abonada continua trabalhando, porque assim se sente realizada, produtiva, estimulada, ganha mais dinheiro ainda etc. Dinheiro é 100%, mas não é tudo…).

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