Filmes

Into The Wild

Into The Wild – 2007 – Sean Penn – ****

Um dos filmes mais celebrados de 2007. Excelente atuação de Emile Hirsch, que na época também tinha 22 anos, como o próprio Christopher McCandless retratado. Eddie Veder se mantém bem compondo as mesmas músicas desde 1990, com o piegas e clichê ficando acima do tom apenas em alguns momentos. O livro, sem dúvida, é indicado. Vou procurar. Sean Penn sabe o que faz. Misto de road-movie (!?!) com auto-descoberta e as mazelas da vida cotidiana que costumam passar batido.

Este “get out” do sistema sempre foi algo tentador. Quem nunca pensou em fazer algo parecido? McCandless vai ao extremo e está correto em grande parte do que diz, lê, pensa, passa. Difícil contestar. Encontrar-se consigo mesmo é fundamental. E ele teve a coragem para tanto. Dá aquela inspiração soporífera boa que dura até subirem os créditos e vamos, famintos após os 148 minutos, pedir uma pizza pelo telefone.

No fim, ficam as feridas que precisavam ser expostas e tudo permanece o mesmo. Ou quase.

Padrão
Artigos/Matérias/Opinião

Pensando o impensável (ou, prosperidade sem crescimento)

Toda sociedade precisa de um mito para sobreviver. O nosso é o crescimento econômico. Nas últimas 5 décadas, a corrida pelo crescimento é “o” objetivo mais importante de todo político ao redor do mundo. A economia global atual é 5 vezes maior do que era meio século atrás. Se continuar neste ritmo, será 80 vezes o que era em 2100.

Este extraordinário crescimento não tem precedentes. E acompanha o nosso saber científico sobre os recursos finitos do frágil ecossistema que dependemos para sobreviver. 60% dele já foi totalmente devastado.

Na maioria das vezes, nós evitamos a dura realidade destes números. A preocupação principal – a crise financeira – é como continuar “crescendo” indefinidamente. Não apenas para os países mais pobres, que inegavelmente precisam de uma qualidade de vida melhor, mas também para as nações mais ricas, afundadas na abundância de material publicitário, que começa a ameaçar o seu bem-estar.

As razões para essa cegueira coletiva são fáceis de encontrar. A economia moderna está estruturada sob o “crescimento econômico” para se estabilizar. Quando esse crescimento falha – como aconteceu recentemente – os políticos entram em pânico. O mercado luta para sobreviver. Pessoas perdem seus empregos e até suas casas. A recessão surge. Questionar o crescimento é coisa de lunáticos, idealistas e revolucionários.

Mas a questão vai além. O mito do crescimento econômico falhou para nós. Falhou para as 2 bilhões de pessoas que vivem com menos de 2 dólares por dia. Falhou quando destruiu o nosso ecossistema. E falhou espetacularmente, em seus próprios termos, em prover estabilidade e segurança para a vida das pessoas.

Atualmente nos encontramos diante do fim iminente da era do petróleo barato; o prospecto (para além da bolha recente) é de altíssimo incremento no valor das commodities; a degradação das florestas, lagos e solos; conflitos por água; e, no momento, o desafio de estabilizar a concentração da emissão de carbono na atmosfera. Encaramos estes desafios com uma economia fundamentalmente destruída, desesperadamente precisando de renovação.

Nestas circunstâncias, um retorno ao mercado como ele era não é uma opção. Prosperidade para poucos baseada na destruição do meio ambiente e na injustiça social crônica não é algo aceitável para uma sociedade civilizada. Recuperação econômica é vital. Proteger os empregos das pessoas – e criar novos – também. Mas continuamos diante da necessidade urgente de renovar a divisão da prosperidade.

Buscar estes objetivos ainda soa estranho e incongruente para a agenda política da era moderna. Todo o governo está tomado tão intensamente por preocupações materiais e é engolido pela errônea visão de que somos “livres consumidores”. A concepção de governabilidade, por si só, precisa de uma mudança drástica.

A crise econômica atual nos coloca diante duma oportunidade única de investir na mudança. De afastar definitivamente o pensamento diminuto que foi a praga da nossa sociedade por décadas. Recompor isto com uma política capaz de lidar com essa enorme mudança é vital.

No fim, “prosperidade” vai muito além de desejos materiais. Transcende preocupações materiais. Reside na qualidade de vida e na saúde e felicidade de nossas famílias. Na força dos relacionamentos e da confiança na comunidade. É dada pela satisfação no trabalho e pelo senso de compartilhar um sentido e um caminho. Está presente no nosso potencial de participar ativamente na vida da sociedade.

Prosperidade consiste na nossa habilidade de florescer como seres humanos – respeitando os limites ecológicos de recursos finitos. O desafio para a nossa sociedade é criar as condições de vida sob o que é possível – e não transgredir tudo arbitrariarmente. Este é o dever mais urgente de nossos tempos.

(Tim Jackson, de “Prosperidade Sem Crescimento“)

Traduzido livremente por mim, daqui.

Padrão
Filmes

The Happening

Fim Dos Tempos – M. Night Shyamalan – 2008 – ***

Shyamalão é um cara curioso. Gosto de Sexto Sentido, acho “Corpo Fechado” forçado e tinha desistido do cara em “Sinais”.  Ignorei durante anos e fui ver “A Vila” só ano passado. Adorei. “The Happening” reforça o incrível talento “de cenas” que o indiano tem. Os operários caindo dos prédios, o suicídio com o cortador de grama, as mortes no trânsito, a tensão do massacre coletivo feito pelo soldado (vivenciado a distância, apenas no som, tornando-o ainda mais pungente), enfim, os parcos 90 minutos do longa reservam cenas brilhantes dum cineasta bem acima do comum.

Ainda assim, as atuações de Mark Whalberg e Zoey Deschannel são sofríveis, o enredo se perde em certo momento e tudo fica aquém do poderia ser. O argumento é ótimo. As mortes e paranóia coletiva causados por algo completamente desconhecido tem excelente apelo. E claro que ninguém poderia esperar uma explicação concreta, enlatada. Até melhor.

O filmão B de Shya, feito em um mês e com orçamento reduzido (apesar dos 60 milhões soarem bem menos na tela) é bom (genial e vexatório em alguns momentos). Fica aquela sensação incômoda de “quase”.

Padrão
Filmes

Elephant Man

The Elephant Man – David Lynch – 1980 – ****

Difícil imaginar um diretor melhor que David Lynch para retratar a história de Joseph Merrick, o “homem elefante”. Sofrendo de uma combinação raríssima de doenças, a terrível vida de Merrick na Inglaterra vitoriana do final do século XIX (como era para a maioria da população da época) é retratada por Lynch com altíssimo apelo dramático. A soberba atuação de John Hurt (que perdeu o Oscar para o DeNiro de Raging Bull) é responsável por grande parte de seus méritos.

A magistral fotografia em PB e a música da película contribuem para o resultado final. No entanto, o apelo emocional enfraquece um pouco ao saber que Lynch “potencializou” muito do drama vivido por Merrick. Por exemplo, a opção de participar de um circo de horrores para ganhar a vida partiu do próprio Joseph. O que não deixa de ser suficientemente trágico (e, sejamos justos, a informação está presente nos extras do DVD, portanto é escancarada pelos realizadores).

Abaixo você confere galeria de fotos e um documentário sobre o verdadeiro Merrick, o trailer do filme e a belíssima cena final (não assista se já não tiver conferido o filme em si).

httpv://www.youtube.com/watch?v=kGfOzfadR4U

httpv://www.youtube.com/watch?v=OpqjtF1eGXg

httpv://www.youtube.com/watch?v=ye4YTZOq2fk

httpv://www.youtube.com/watch?v=GajDw1NSFuw

Padrão
Cervejas

Ranking de Brejas

Paixão + curiosidade + prazer = mundo cervejeiro. Abaixo listo todas as brejas já desgustadas por mim, desde as piores nacionais até as melhores alemãs e algumas belgas.

No total são:

  • 159 cervejas (88 brasileiras, sendo 51 artesanais/especiais)
  • 30 estilos diferentes
  • 17 países

Últimas degustações:

La Trappe Tripel (Bélgica)

Westmalle Tripel (Bélgica)

Orval (Bélgica)

Chimay Rouge (Bélgica)

Kwak (Bélgica)

Tucher Bajuvator Doppelbock (Alemanha)

Gaffel Kolsch (Alemanha)

Wals Tripel (Brasil/MG)

Schmitt Barley Wine (Brasil/RS)

Dado Bier Belgian Ale (Brasil/RS)

Falke Estrada Real IPA (Brasil/MG)

Coopers Sparkling Ale (Austrália)

Carlsberg Pilsner (Dinamarca)

Super Bock Abadia Gold (Portugal)

Tucher Helles Hefe Weizen (Alemanha)

1795 Dark (República Tcheca)

Duvel (Bélgica)

Grimbergen Tripel (Bélgica)

X-Wals (Brasil-MG)

Dado Bier Lager (Brasil/RS)

Backer Medieval (Brasil-MG)

Schmitt Ale (Brasil-RS)

La Brunette (Brasil-RS)

Kilkenny (Irlanda)

Murphy’s Irish Red (Irlanda)

Murphy’s Irish Stout (Irlanda)

Steenbrugge Dubbel Bruin (Bélgica)

Eggenberg Urbock 23º  (Áustria)

Harp (Irlanda)

Edelweiss (Áustria)

Petra Aurum (Brasil-RJ)

Petra Bock (Brasil-RJ)

Birra Moretti (Itália)

Amstel Pulse (Holanda)

As brejas divididas por cada país: os links levam a descrição completa, avaliação, informações e onde comprar.

http://www.brasil-russia.org.br/bandeira_brasil.htm


Brahma Chopp


Skol


Bohemia


Original


Cerpa Export

Skol Beats


Saidera


Antarctica

Kaiser Bock

Gold

Colorado Demoiselle

Colorado Indica


Baden Baden Red Ale


Caracu


Bauhaus


Bohemia Confraria


Serramalte


Brahma Extra


Itaipava


Bavaria Premium


Nova Schin

Therezópolis Gold


Eisenbahn 5 Anos

Bohemia Weiss


Itaipava Premium

Xingu

Baden Baden Stout


Eisenbahn Weizenbock


Eisenbahn Pale Ale


Eisenbahn Weizenbier


Baden Baden Golden Ale


Crystal


Kaiser


Sol


Baden Baden Weiss

Backer Pale Ale

Eisenbahn Pilsen

Baden Baden Bock


Nova Schin Munich

Backer Brown

Bohemia Escura


Itaipava Fest


Bavaria

Petra Premium


Backer Trigo

Brahma Malzbier


Backer Pilsen


Liber


Eisenbahn Natural

Primus

Baden Baden Cristal


Summer Draft

Falke Bier Ouro Preto

Estrada Real IPA Falke Bier

Antarctica Malzbier

Kronenbier

Brahma Escuro

Lokal Bier


Cintra

Ashby Pilsener

Áustria Bier Âmbar


Petra Schwarzbier


Áustria Bier Weiss


Polar Export

Crystal Premium


Áustria Bier Pilsen

Krug Bier Krug

Backer Black

Glacial

Falke Weiss

+

Calaf Pilsen

Falke Red Baron

Falke Pilsen

Stadt Bier Pilsen

Stadt Bier Black

Stadt Bier Amber

Stadt Bier Weiss

http://www.webbusca.com.br/atlas/europa/alemanha.asp

Franziskaner Hefe-Weissbier Hell


Erdinger Weissbier

Paulaner Hefe-Weissbier Naturtrüb

Löwenbräu Original

Weihenstephaner Hefe Weissbier

Erdinger Pikantus

Franziskaner Weissbier Kristall-Klar

Erdinger Weissbier Dunkel

Warsteiner Premium Verum

Schneider Aventinus

Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel

Beck’s Pilsner

Licher Weizen Hefe Hell

Paulaner Hefe-Weissbier Dunkel

Spaten Hell

Paulaner Original Münchner Hell

Schneider Weisse Original


König Pilsener

Wernesgrüner Pils

Bitburger Premium Pils

Paulaner Weissbier Kristallklar

Schneider Weisse Weizen Hel

Schneider Weisse Kristall

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/argentina/argentina-5.php

Quilmes Cristal

http://jogabonito10.wordpress.com/

Patricia

Norteña

http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/mexico/bandeira-do-mexico-2.php

Dos Equis (XX) Lager


Sol


Pilsner Urquell

Czechvar

1795

1906 Reserva Especial

Estrella Galicia

Hopfenkönig

Guinness Draught

Fuller’s London Porter

http://www.webbusca.com.br/atlas/europa/holanda.asp

Heineken

Amsterdam Maximator

Amsterdam Navigator

Amsterdam Explorator

Amsterdam Mariner

Hoegaarden

Leffe Blonde

Stella Artois


Leffe Brune

Leffe Tripel

Budweiser

Miller Genuine Draft

ESTILOS

Munich Helles

German Pilsner

Bohemian Pilsener

Premium American Lager

Vienna Lager

Amber Lager

Munich Dunkel

Dark American Lager

Standard American Lager

Schwarzbier

Malzbier

Traditional Bock

Golden Ale

American Pale Ale

Porter

Dry Stout

India Pale Ale (IPA)

German Kristallweizen

Witbier

Belgian Pale Ale

Belgian Blond Ale

Belgian Dubbel

Belgian Tripel

German Weizen

German Weizenbock

German Dunkelweizen

Foreign Extra Stout

Padrão